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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Aprenda a sofrer e corra mais longe e rápido !!!

Não adianta chorar: sofrer faz parte do endurance. Aprender a lidar com o desconforto, com a dúvida e com a dor da corrida te ajudará a alcançar seu potencial máximo. Nesta entrevista concedida originalmente ao Training Peaks, a treinadora norte-americana especializada em técnicas mentais Carry Cheadle responde às questões mais comuns sobre sofrimento no esporte e como os atletas podem lidar com isso.

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Como controlar a voz interior que diz para ir mais devagar? É melhor “desligá-la” ou controlá-la?
Considere alguns fatores quando ouvir essa voz. Ela pode estar dizendo que seu corpo precisa de alguma coisa – comer, beber ou que seu ritmo realmente está muito alto. Ao invés de “desligar” a voz, melhor tentar descobrir o que ela está tentando dizer. No meu livro “On Top of Your Game” (não lançado em português), digo que todos nós temos um monstrinho sobre um ombro e um pequeno atleta sobre o outro. Aquele que você alimentar será mais forte. Tentar calar o monstrinho pode gastar mais energia do que aceitá-lo e, então, combatê-lo com seu “atleta interior”.

Como encontrar o equilíbrio entre não fazer o suficiente ou quebrar antes da hora?
Muitos atletas só percebem que não deram tudo o que podiam quando chegam ao final da corrida e ainda tem energia sobrando. Uma das razões pelas quais as pessoas se seguram muito é porque são “avessos ao risco” e preferem fazer a prova com segurança a se arriscar a quebrar e não conseguir completar da forma como gostariam. Se quer chegar ao equilíbrio, é se perguntar durante a prova: “Eu posso forçar mais 1%?”. Desta maneira você estará lidando com sua linha limítrofe, mas sem ir forte demais. Quanto mais provas fizer e mais estratégias diferentes usar, mais você aprenderá sobre qual é melhor. Escolha algumas provas sem tanta importância no seu calendário para tentar estratégias diferentes e descobrir como o corpo responde. Use-as como treinamento, sem se preocupar com as consequências.

Com que frequência se deve “treinar para a dor”?
Não recomendo que se faça isso sempre. Em alguns dias, o treinamento deve ser divertido. O “treino para sofrer” pode ser similar aos treinos mais intensos da periodização. Trabalhar a mente gasta energia e o cérebro, como o corpo, também precisa se recuperar.

Um treino no limite – sofrimento! – por muito tempo pode ocasionar uma quebra e a busca por um objetivo menor. Como evitar isso?
O que acontece com muitos atletas é que, quando treinam até o limite,, começam a barganhar com eles mesmos. Quando você está dando duro no meio de uma prova é difícil determinar se essa barganha é porque você apenas está ajustando o corpo ou se está recuando porque está quebrado. Isso me lembra uma frase do General Patton: “Para vencer uma batalha, você tem de fazer a mente comandar o corpo. Nunca deixe o corpo dizer o que fazer à mente. O corpo sempre desiste”. Às vezes, você tem de continuar e esperar até que aquele desejo de parar passe – é uma estratégia deveria ter sido praticada antes da prova e com a qual você está comprometido. Pode ser respirando fundo e seguindo até o próximo posto de hidratação, cantando uma música ou visualizando um trecho do seu filme favorito… Qualquer coisa que faça você insistir em vez fazer crescer o desejo de parar. Se, quando sentir que as coisas não vão bem, você conseguir focar em outra coisa e decidir que vai continuar, pode superar o momento ruim.

Como programar uma estratégia mental para superar condições de tempo adversas?
Este é outro tipo de sofrimento. A melhor coisa a fazer é, primeiro, aceitar que isso está fora de seu controle e, segundo, é que todos os corredores estão na mesma situação. Outra estratégia é se certificar de que alguns treinos serão feitos em condições ruins. Eu faço snowboard, e morria de medo quando precisava esquiar sobre o gelo. Até o dia em que decidi enfrentar cada pedaço de gelo que encontrasse. Hoje, ainda não gosto de fazer snowboard sobre o gelo, mas é algo que não me assusta mais. Veja os treinos como uma oportunidade de correr sua melhor prova quando as condições não são as ideais.
Você acha que frases escritas na bicicleta ou no corpo, que podem ser lidas como mantras, funcionam?
Mantras que possam ser lidos durante as provas podem ser uma grande técnica, por diferentes razões. Servem como poderoso gatilho para trazer o foco do interno (sua cabeça) para o externo (a corrida). Sob estresse, se experimentamos dor ou ansiedade, muitos de nós tendem a levar o foco para dentro de si e ficar preso em pensamentos. Um gatilho visual pode ajudar a trazer o foco de volta para a prova e deixar a sensação de sofrimento pra trás. Também é uma ótima ferramenta para passar a mensagem certa no momento em que você precisa dela. Os mantras com maior impacto são o que têm significado pessoal; que produzem uma reação visceral quando são lidos. O que você precisa escutar quando está com sangue nos olhos, mas sente vontade de parar?
fonte:http://www.pensologocorro.com.br

Pense sobre o assunto, reflita e ache sua melhor opção.
Bons treinos a todos e excelentes provas !!!